segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma jornada de Pheidíppedes.


Esta feito e garanto o fato, descobri neste final de semana o mais implacável e árduo concorrente, desafiante ou oponente como todos nos podemos chamar o mais difícil destes no nosso dia-a-dia ou até mesmo nos nossos desafios.

Ele sem dúvida não deixa meios para a discussão ou negociação ele primeiro age no nosso ponto mais fraco e depois pede uma resposta. Se o golpe foi baixo ou não, não importa ele é sempre certeiro.

Buscar um diálogo com ele é quase como falar consigo mesmo, apenas ouvimos a nossa voz e nenhuma resposta. Mas o mais difícil desta luta é que sentimos na pele o resultado de suas decisões, concorrentes sempre, não existe local em nossas vidas aonde ele pode ser tido como aliado pois é sempre nele que necessitamos buscar a superação.
Vocês já devem saber de quem estou falando?

Isso mesmo o nosso maior concorrente, opositor ou desafiante que enfrentei neste final de semana foi eu mesmo. Fiz meu primeiro percurso de Pheidíppedes ou como ele, fiz a distância de Atenas até a cidade de Maratona para avisar que os gregos haviam vencido a guerra contra os Persas.
Foram 42.195mt uma eternidade para quem nunca havia feito antes tamanha distância, tinha uma previsão de fazer em 3h e 45 min mas como tudo quase na vida, previsões são apenas previsões pois elas não são precisas o suficiente pois não dizem respeito a individualidades.

Antes de tudo gostaria de agradecer ao meu técnico que sem dúvida, durante 12 semanas me deixou nos cascos para esta prova o Prof. Leonardo Ribas do grupo de corrida Percorrer.

Foram 4h e 18min na realidade aonde em 30 km destes 42 estive muito bem podendo dizer que chegaria realmente dentro do tempo previsto foi ai que minha mente começou a me sabotar e a enviar informações para meu corpo dizendo para que eu parasse. Como havia comentado ele atinge nos locais aonde somos mais frágeis por exemplo sempre tive medo de problemas no joelho adivinha aonde começou a doer primeiro? É claro a dor física e interpretada no nosso cérebro no mesmo lugar aonde a dor social também é interpretada ou seja, alem de ficar com muita dor ficava pensando como poderia lidar com meu insucesso, isso é como nosso corpo e nossa mente nos atinge, somos pegos pelo lado social e físico ao mesmo tempo nestes momentos.

Mas vamos falar de sucesso então, minha meta era correr minha primeira maratona SEM CAMINHAR (acho esta situação horrível) sem pensar em tempo e foi isto que consegui.

Quanto aos parêntesis vou explicar: Você se propôe a realizar um desafio. Treina durante 12 semanas para isto(ou mais), restringe sua alimentação e horas de convívio com amigos e família e depois de tudo isso ainda vai querer emgambelar todo mundo dizendo que você CORREU uma maratona aí é demais vocês não acham, ou seja, correr é correr andar é andar fisiologicamente é muito diferente concordam comigo?

Gente ai vai a foto do meu companheiro de pisadas e a prova do desafio completo.

Grande abraço a todos até o ano que vem em minha 2ª maratona.

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